A palavra grega epíkrisis , que pode ser traduzida como “determinação” ou “julgamento”, chegou ao espanhol como epicrisis. Este conceito, de acordo com o dicionário da Real Academia Espanhola (RAE), é utilizado no campo da medicina para se referir à opinião de um profissional sobre a doença que sofre uma pessoa.
Em geral, a noção está ligada à avaliação do médico de todo o processo da doença que o paciente teve que passar. Dessa forma, o resumo que o especialista faz na alta do indivíduo é denominado epicrisis, e todos esses dados são agregados ao seu histórico médico.
A epicrisis, enfim, é um documento que o médico prepara na hora da alta, que sintetiza os aspectos mais relevantes da doença que o paciente tinha. Muitas vezes, essa informação é utilizada para encerrar uma internação ou internação, mas também serve para iniciar a fase de acompanhamento.
Entre os dados que a epicrisis deve conter estão o diagnóstico principal, o histórico do paciente, os procedimentos realizados pelos médicos e, se houver, as complicações registradas.
A Epicrisis também costuma citar os passos a serem seguidos, como a data dos próximos exames, os medicamentos a serem tomados, a dieta que deve ser respeitada e os sinais de alerta que o paciente deve estar atento.
Portanto, os dados típicos do histórico médico devem ser a base da epicrisis, e isso deve ser claramente observado ao comparar as duas fontes. É uma avaliação objetiva, de modo que não é possível fazer modificações ou alterações depois de colocada no papel. Também é importante observar que deve ser realizado pelo médico que tratou o paciente diretamente.
Entre os dados gerais que devem constar no documento estão, em primeiro lugar, os da instituição de saúde onde foi realizado o tratamento e, em seguida, os dados pessoais do paciente, como nome completo, idade, sexo, número de identidade e endereço privado. Por fim, o médico deve indicar a data da alta.
No que diz respeito aos dados que compõem a história clínica, três questões bem definidas são de particular interesse no documento de epicrisis: o resumo da doença, que inclui o motivo que levou o paciente a comparecer à consulta; o diagnóstico provisório que o médico fez no momento da admissão no posto de saúde; o tempo de internação do paciente, com as datas de admissão e alta.
Também é obrigatório detalhar o tratamento que o paciente recebeu, levando em consideração os medicamentos administrados e os cuidados médicos que prestaram. As intervenções cirúrgicas menores e curas também devem ser incluídas nesta seção.
Ao final da epicrisis o médico deve expressar suas conclusões a respeito da saúde do paciente, bem como uma série de recomendações farmacológicas, quanto à sua dieta, futuras consultas médicas ou terapias adequadas, entre muitas outras possibilidades.
Outra forma de entender o que é uma epicrisis refere-se a uma segunda crise que ocorre após o início ou manifestação de uma doença. É, neste caso, um fenômeno importante que se segue à crise inicial, levando, em alguns casos, à elaboração de outro julgamento clínico sobre o transtorno.