O método indutivo ou indutivismo é aquele método científico que obtém conclusões gerais de premissas particulares. É o método científico mais comum, em que se distinguem quatro etapas essenciais: observação dos fatos para seu registro; a classificação e o estudo desses fatos; a derivação indutiva que parte dos fatos e nos permite chegar a uma generalização; e o contraste.
Isso significa que, após uma primeira etapa de observação, análise e classificação dos fatos, é possível postular uma hipótese que forneça uma solução para o problema proposto. Uma forma de realizar o método indutivo é propor, por meio de várias observações de eventos ou objetos no estado natural, uma conclusão geral para todos os eventos da mesma classe.
Especificamente, podemos estabelecer que este referido método se caracteriza por várias coisas e entre elas está o fato de que ao raciocinar o que o usuário faz é ir do particular ao geral ou de uma parte específica ao todo do qual faz parte.
Da mesma forma, é importante sublinhar o fato de que esse método que estamos abordando se baseia em uma série de afirmações que lhe dão sentido. Assim, podemos estabelecer que existem três tipos diferentes: os ditos observacionais, que são os que se referem a um fato evidente, os particulares que se referem a um fato muito concreto e, por último, os universais. Estes últimos são aqueles que ocorrem como consequência ou derivação de um processo de pesquisa e se destacam por serem comprovados empiricamente.
O raciocínio indutivo pode ser completo (neste caso, está próximo do raciocínio dedutivo porque suas conclusões não fornecem mais dados do que aqueles fornecidos pelas premissas) ou incompleto (a conclusão transcende os dados fornecidos pela premissa; como há mais dados, haverá uma probabilidade maior de verdade. A verdade das premissas, entretanto, não garante que a conclusão seja verdadeira).
Exemplo de raciocínio indutivo completo:
Ricardo e Anahí têm três cachorros: Pancho, Ronaldo e Tito.
Pancho é negro.
Ronaldo é negro.
Titus é negro.
Portanto, todos os cachorros de Ricardo e Anahí são pretos.
Exemplo de raciocínio indutivo incompleto:
Pancho é um cachorro preto.
Ronaldo é um cachorro preto.
Tito é um cachorro preto.
Portanto, todos os cães são pretos.
Como pode ser visto, no segundo exemplo todas as premissas são verdadeiras, mas a conclusão é falsa.
Entre as figuras históricas que mais se valeram do indutivismo, é necessário destacar, sem dúvida, o grego Aristóteles, que afirma que o conhecimento indutivo é incompleto porque não nos conduz à certeza absoluta, ou Francis Bacon. Este filósofo inglês, considerado o pai do empirismo, irá abordar e propor que a experiência é um recurso utilizado como forma de conhecer, a importância do amor à observação ou o desejo de dominar a natureza.
O método indutivo é freqüentemente confundido com o dedutivo. Mas a diferença é muito simples: enquanto o primeiro aposta no estabelecimento de uma série de leis a partir do que se observa, o segundo o que faz é algo inferior com base em uma lei geral.