O processo educativo engloba diversas ações que tendem a transmitir conhecimentos e valores. Existem pessoas que se dedicam a ensinar e outras que recebem esses ensinamentos, aprendendo com eles.
Pode-se dizer, portanto, que no processo educacional se diferenciam o processo de ensino e o processo de aprendizagem. Este último cobre tudo relacionado à recepção e assimilação dos conhecimentos transmitidos.
O processo de aprendizagem é individual, embora ocorra em um ambiente social específico. Para o desenvolvimento desse processo, o indivíduo aciona diversos mecanismos cognitivos que lhe permitem internalizar a nova informação que está sendo oferecida e, assim, transformá-la em conhecimento útil.
Isso significa que cada pessoa desenvolverá um processo de aprendizagem diferente de acordo com sua capacidade cognitiva. Isso não significa que a possibilidade de aprendizagem já esteja determinada desde o nascimento: desde questões físicas, como alimentação, até questões psicológicas, como estimulação, há inúmeros fatores que afetam a capacidade de aprendizagem de um sujeito.
Para que o processo de aprendizagem seja bem-sucedido, não basta que o aluno memorize o que é ensinado. Depois de aprender as informações, você deve entender, analisar e julgá-las para poder aplicar os dados. Se o processo for bem-sucedido, o indivíduo terá adquirido conhecimentos e valores que podem até modificar seu comportamento.
É importante destacar que não existe um processo único de aprendizagem. Ao longo da vida, todos nós desenvolvemos diferentes processos de aprendizagem: na escola, na universidade, no trabalho, em casa de família, etc.
Estágios do processo de aprendizagem
1) Incompetência inconsciente
Antes de aprender algo novo para nós, é normal que não tenhamos consciência de não saber, talvez porque não precisávamos até aquele momento, ou porque ainda não estávamos em condições de fazê-lo. Para entender esta primeira etapa do processo de aprendizagem com um exemplo do dia a dia, vamos pensar na primeira vez que uma criança pequena está na frente de um computador, um telefone celular ou qualquer outro dispositivo; Antes da descoberta, não se angustiava por não saber utilizá-los, pois desconhecia sua existência e, muito menos, as alegrias e benefícios que poderiam proporcionar.
2) Incompetência consciente
Nesta segunda etapa, tomamos consciência de nossa falta de conhecimento. Por isso, começamos a prestar atenção aos detalhes que antes ignorávamos completamente, para tentar satisfazer essa nova necessidade que nasceu em nós. Continuando com o exemplo anterior, a criança enfrenta sua incompetência no uso dos dispositivos citados e decide superá-la abordando-os.
3) Competição consciente
Depois de muita prática, conseguimos desenvolver novas competências que nos permitem atuar com sucesso nesta área que não conhecíamos há muito tempo. Junto com a incompetência consciente, este é um dos dois estágios cruciais do processo de aprendizagem.
4) Competição inconsciente
É sobre o ponto em que internalizamos o novo conhecimento e podemos usá-lo sem estarmos cientes dele. Ao contrário da aprendizagem forçada, típica do sistema educacional, que consiste em memorizar uma série de conceitos para passar em um exame, alcançamos a competência inconsciente quando tornamos essa informação parte de nós mesmos.