A razão é uma noção que pode referir-se a diferentes questões. Nesta oportunidade, estamos interessados em focar no seu significado como a capacidade de pensar, elaborar conceitos e chegar a conclusões por meio da atividade mental.
Instrumental, por sua vez, é aquilo que está vinculado a um instrumento. Este termo (instrumento) se refere ao que é útil para algo, é útil ou tem uma finalidade.
Todas essas idéias nos permitem mergulhar na definição da razão instrumental. Quando o ser humano busca se adaptar ao meio ambiente para satisfazer suas necessidades, ele apela à razão instrumental. Trata-se da estrutura de pensamento que privilegia a utilidade da ação e que considera os objetos como meios para atingir um determinado fim.
A razão instrumental pode, portanto, ser associada ao pragmatismo: o que você deseja alcançar importa mais do que o caminho que conduz a ele. Se simplificarmos, poderíamos dizer que a razão instrumental prioriza o fim antes dos meios.
A razão instrumental é baseada na ideia de utilidade. De acordo com esse tipo de raciocínio, o valor das coisas está naquilo que servem. Se uma coisa é inútil (não tem uso), ela não tem valor do ponto de vista da razão instrumental.
Suponha que uma pessoa deva cortar uma folha de papel em linha reta. A proporção instrumental indica que você pode usar uma tesoura ou um estilete para atingir esse objetivo, pois são ferramentas úteis para cortar papel. Por outro lado, um lápis ou borracha não atendem a essa necessidade específica.
Deve-se também afirmar que existe uma obra de grande profundidade e referência que responde ao nome de “Crítica da razão instrumental”. Foi o filósofo e sociólogo alemão Max Horkheimer (1895 - 1973) quem o redigiu, publicado em 1947, ao lado de outra figura importante como o filósofo alemão Theodor Adorno (1903 - 1969).
Ambos são dois pensadores relevantes da chamada Escola de Frankfurt e na obra citada passaram a captar uma parte fundamental de suas ideias e pensamentos. Especificamente, nele não apenas estabelecem o processo de racionalização, mas também vêm propor como a modernidade está trazendo consigo que a humanidade deve pagar um alto preço por isso.
Assim, ao longo de suas páginas, faz-se uma forte crítica a esse avanço moderno que é contraproducente em relação ao homem, pois tudo o que consegue é que ele se encaminhe para um destino "descontrolado", onde poderá perder o seu. essência e seus valores mais significativos.
Precisamente suas idéias de crítica à razão experimental têm sido compartilhadas desde então por muitos filósofos que coincidem em sublinhar que o que ela faz é objetivar tudo, as realidades do ser humano, fazendo com que qualquer elemento se torne apenas instrumento que tem "valor" na medida em que que servem para atingir um objetivo específico. Tudo isso sem ignorar que seus detratores também atribuem que ele identifica o ser com o que deveria ser.